domingo, 28 de fevereiro de 2010
Depois do Café
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Sobre o inesquecível movimento do arregaçar
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
A metamorfose constante das aparências
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Boquetinho de portão...(Ela não tem dó)
Telefone toca.
-Você sumiu.
-Por que não responde minhas mensagens?
- Cansei! Confesso que também é um charminho feminino.
- Está em casa?
- Sim.
- Vem aqui na frente.
- Tá bom. Vou só te dar um oi. Sem passar do muro.
- Estou aqui na frente já.
Desligo e subo as escadas. Atravesso a garagem. Subo o muro.
Ele já espera.
- Oi!
- Oi. Vai ficar aí em cima mesmo?
- Aham. Vou ficar te olhando daqui.
- Mas, assim eu não posso te tocar.
Desço até lá. Abraço. Desvio os olhos – um sincero ato de timidez.
Daniel encosta minhas costas na caminhonete. Desliza suavemente a barba pelo meu rosto, pescoço e colo.
- Tem gente passando. Você tem que ficar agachada.
- A gente não se controla.
- Nem um pouco.
- Aaaaaaaaaaah.
- Isso.
- Gostosa!
- Muito gostosa!
- Tem gente passando?
- Hã?
- Tem gente passando?
- Não!
- Aaaaaaai!
- Posso morder aqui?
- Pode. Eu gosto quando você me marca.
- Não pára.
- Chegou alguém?
- Não. Continua.
- Segura meu cabelo.
- Ah- ah-aaaaaaah....Gostosa!
Rubor, saliva, suor e respirações aceleradas.
- Branca quer entrar?
- Não. Hoje eu não posso.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Meio centímetro abaixo do grelinho
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
“Todo homem que vacila... A mulher passa pra trás”
Conheci Joshua em uma tarde qualquer. Lembro que veio me pedir informação.
Ele não chamava a atenção facilmente, mas eu gostei de sua postura meio interiorana, daquele texto pronto que ele tentava disfarçar, até da imperfeição e assimetria de seu rosto eu lembro que gostei.
Depois do inesperado encontro, comecei a ver Joshua com freqüência. O crescente aumento da proximidade, intimidade e até de afeto motivou o início de um relacionamento.
Posso declarar com plena convicção: “Joshua sabia me foder”.
Com Joshua, o sexo era intenso e com um adicional importantíssimo: ele, assim como eu, adorava lugares inusitados.
Lembro que poucos dias depois de me conhecer, em frente ao portão de minha casa, ele sussurrou em meu ouvido:
“Fica de quatro pra mim”.
Nossa primeira posição foi essa.
Eu me sentia plena, saciada, invadida por todos os orifícios de meu corpo, gozar com ele era constante. O sexo era explícito. Mas, a quantidade era pouca e foi ficando cada vez mais escassa. Eu já estava bem mal acostumada e carente. Eis que um amigo do casal percebeu toda minha fragilidade de namoradinha sem atenção e se aproximou.
Fernando era o melhor amigo de Joshua. Amigo de infância. Por isso era normal Fernando sempre estar conosco.
...
Fernando era todo bonito: olhos azuis, cabelos escuros, esportista. Dono de um bom humor espetacular. Tinha lapsos de carência também. Acho que foi isso que nos aproximou.
Ao contrário de mim, Fernando não namorava. Flertava com muitas, mas não se prendia a nenhuma. Em um fim de tarde, falávamos justamente sobre isso quando percebi que ele não prestava atenção em minhas palavras, olhava fixamente para minha boca, mas não assimilava nada do que ela dizia. Em seguida, tocou de leve meu rosto e se aproximou. Sua respiração no meu ouvido me deixou sem movimento, era uma espécie de êxtase. Afinal, somos atraídos pelo que é proibido, com o proibido sentimos um prazer todo peculiar.
Nem nos olhávamos direito nesse momento. Apenas seguíamos um o ritmo do corpo do outro.
Aos poucos percebi que nossas trocas de olhares não eram apenas amigáveis, que nossas semelhanças e afinidades iam além do círculo social e se escancaram na horizontal.
...
Lembrei agora de uma crônica de Arnaldo Jabor: (Quem não dá assistência, abre concorrência), onde ele diz sabidamente:
“Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... já foi”.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Jogo de dois
Vai. Esfrega essa frase com força na minha cara. Diaba!
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Excessos
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Penumbra
E foi só.
O enrabado? Era Emanuel. Eu havia ido embora logo a festinha começou. Não conseguia enxergar muita coisa e se chegasse mais perto eles iriam perceber. Mas como fui saber que o sujeito era Emanual, ali, no meio daquela escuridão toda? Simples. Ele contou. No mesmo dia que disse a tal frase lá em cima. Emanuel. Um grande amigo que tenho há sei lá quantos anos. Eu, ele e tantos outros no Café Mafalda. Falávamos sobre sexo, pornografias, sobre a vida, o quê desse (fiz questão de marcar a frase num guardanapo. Passei a limpo em casa depois):
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Casanova
Uma biografia de muitas páginas. Pelas suas contas 10 mil. E para cada página, uma mulher:
“Ao contrário do que pensam, não sou eu que as seduzo, sou seduzido.
Não prometo nada, além de um momento que valha a eternidade.
Em cada rosto, olhar, toque e curva uma sensação diferente. Em cada ato uma peculiaridade. Em cada suspiro um lapso de eterno”.
Eu conheci um Casanova.
Ouvia falar. Homens e mulheres clamavam sua virilidade, sua exímia habilidade e desenvoltura sexual. Suas histórias chegaram a mim pela primeira vez quando estava terminando o ensino médio – antigo colegial.
Tais histórias não me prendiam a atenção. Até me causavam espanto. Não queria pensar na junção de sexo, prazer e de coisas que eu desconhecia. Mas, tudo foi se desenvolvendo como um círculo luxurioso e eu estava cercada por este círculo.
Em meio a passos vagos, cheguei ao ponto que, sem saber, iria virar rotina nos próximos dias, meses e anos. Até então, não sabia que novas emoções o lugar iria reservar.
Ele estava na janela.
Aconteceu um monólogo sem importância ou intenções. No momento ele olhava para uma parte do centro da cidade. Fumava. Era Casanova.
Eu com minha vitalidade escondida e minha insensatez desconhecida observava. Seu hálito que continha o ilícito me envolvia de forma surpreendente.
A primeira parte do corpo de Casanova que olhei com atenção foi sua mão sem calos, grandes e macias. Só depois percebi como minha fragilidade física ficava evidente perto de seu 1,90m.
Ali, no terceiro andar, no apartamento 32 da Dr. M. tudo acontecia de acordo com os pensamentos e vontades. Obedecendo o caminhar das mãos, do deslizar dos dedos e lábios.
Eu quis saber o que todas as outras mulheres sentiam quando ele as tratava com violência e carinho, o que elas sentiam quando ele as penetrava, eu quis saber quem era ele.
Ele demonstrava querer adivinhar o que as roupas escondiam. E depois delas, desejou cada detalhe do meu corpo. Era um olhar de admiração, deleite. Nesse momento eu percebi porque ele tinha em sua biografia infinitas mulheres.
Depois do olhar, o toque. Misturava carícia e violência, vontade e cuidado. E foi, justamente, assim que me penetrou pela primeira vez.
Depois de percorrer cada centímetro de mim, ele me colocou de bruços, segurou meus cabelos, me masturbou, mordeu várias vezes meu pescoço e me penetrou.
Lembro que segurei forte o lençol e abafei meu grito no travesseiro.
Nos conhecemos assim.
Menos de 24h depois, eu, novamente, estava no apartamento 32. A partir daí, os carinhos ficaram mais amenos, a intensidade ficou mais explícita. Ele já sussurrava:
“Fica de quatro pra mim, se esfrega no meu caralho”. Quase tive um orgasmo ao ouvi-las pela primeira vez.
Anos depois, continuamos nos encontrando, esporadicamente.
Hoje, sempre conversamos depois do sexo. Falamos sobre suas mulheres. Em cada noite falamos da peculiaridade de uma.
Ao amanhecer, Casanova se deixa seduzir por outras novas mulheres.
Quando anoitece, continua sussurrando pra mim:
“Vem”!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
A história de um cadelão...
Essa carta fiz pra alertar Lidiane: alertá-la sobre meus veios sujos e suas ternuras hipócritas. Espero que ela entenda. Mas é um risco. Sempre é. Porque me jogo a duas hipóteses que se complementam: a de ela me odiar pelo resto dos anos, fazendo provar minha teoria de que fui eu quem a moveu a esse ato; e a de ela decidir que eu mesmo não importo, deixando correr nossas conversas, passeios e danças (o que configuraria a permanência promíscua desse jogo de desculpas e cadelagens).
...
- Nunca à pedofilia.
- Sexo sempre com segurança.
- Não a qualquer tipo de discriminação e preconceitos.
SEMPRE NOS LIMITES DA LITERATURA E DA PORNOGRAFIA. ESSE JOGO, PARA NÓS, É O QUE DÁ TESÃO...
Aproveitem.