Antes minha pele acinzentada escorria de leve e deixava vazar uma cor ou outra nas penas do pavão que em mim vivia. Atiçava a curiosidade alheia e vingava em meu poder a direção que dava ao outro: encoste aqui, levante mais a bunda, abra bem esse cuzinho, me chupe, agora.
Eu existia; como se meus julgamentos não falhassem nunca, e submetia ao meu controle a posse: segurando teu quadril, socando forte tua entranha, te lambendo o grelho molhado.
Antes eu desejava em fogo e hoje meu ego murcha frente ao panteão dessa jovialidade: me negando ser o único, doando-se para tantos putos, dizendo que, mesmo comigo, sente tesão pelo mundo alheio.
Eu vivia; agora dependo.
Uma pequena morte
querer assim.
Fotos por Yaryshev Evgeny
"...segurando teu quadril, socando forte tua entranha, te lambendo o grelho molhado."
ResponderExcluirq assim seja...
bjs
hehehehe verdade, verdade!
ResponderExcluir=D