domingo, 30 de maio de 2010

Velozes e sem nenhuma fúria

Hoje gozei rápido.
...
Telefone:
alô
tá onde?
aqui perto, c sabe...
quer que eu vá?
aham
venha então.
...
Oi e já tira a roupa.
Lambe, chupa
que língua gostosa
Lambe, enfia o dedo
isso
vira a bundinha
(imprudência sem limites)
sem capa?
Foi
entrou
saiu
cuspiu
entrou melhor
gozei fora, não se preocupa.
quero mais
Chupa, lambe, chupa
aperta a cabeça contra as coxas.
Gemidos
...
Vou te ver outra vez?
Não sei.
Beijos
é coisa de pele, olha.
A pele dela arrepiada
É... Mas agora abre a porta que tenho que ir.
.

.
Há tempos não comento minhas fodas. Essa foi uma das piores, mas das mais esclarecedoras pra mim. Porque fiz isso? Pensava que era pra rebater! Não podia ser deixado pra trás. Idiotas são sempre os pensamentos. Fui, gozei, curti, mas não senti o gosto do tapa que deveria ter dado ao meu espírito empobrecido de rancor. Foda-se, novamente. Correndo atrás? Foda-se novamente. Fui, gozei, curti, aprendi que deveria ter feito aquilo para aprender como fazer certo da próxima vez. Aí então, a réplica vai ter um outro gosto...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Corpore

Sempre me questiono sobre as representações da beleza dos corpos, dos seres em sua lisura mais superficial (aquilo que lhes dá permanência). Para cada um um ponto diferente, às vezes divergente, mas a argamassa, o cerne, se constrói removendo as beiradas e deixando quase sempre os mesmos signos e representações. Que se foda. O que é bonito é pra se mostrar:

Todas as fotos fora retiradas do domínio: DeviantArt e são links diretos para seus autores.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Steps

Agora havia desistido.
Trinta segundos antes disse que escreveria a putaria do século.
Dois minutos antes gozou fartamente pra um amigo na webcam.
Treze horas antes, dormiu na casa de alguém que acredita estar apaixonado.
Um dia e meio antes, teve um final de semana a sexo e mato.
Quatro dias antes escreveu um conto erótico sobre sua última aventura.
Cinco dias antes comeu um menino que, por Deus, tinha cara de menor de idade mas não era.
Uma semana antes mudou-se para o centro da cidade, pensando em tudo que faria.
Seis semanas antes decidiu voltar para o Brazil.
Cinco meses antes resolveu que, de qualquer maneira, faria suas vontades, mesmo que longe de todos.
Um ano antes decidiu que não aguentava se esconder.
Uma ano e meio antes se separou da namorada.
Três anos antes foi pego pelas visitas se masturbando na sala de estar.
Quatro anos e sete meses antes teve sua primeira felação debaixo da escadaria de um dos camous da UFSC.
Seis anos antes ainda era virgem.
Quinze anos antes cantava músicas sertanejas, se esfregava com as primas e seu pênis endurecia feito ferro.
Vinte e dois anos antes, creio que contentava-se com o seio da mãe
Vinte e três anos, quatro meses, dois dias, seis horas e alguns minutos antes nascia alguém que nunca conseguiu escrever a putaria do século.

sábado, 8 de maio de 2010

Sobre o acaso das responsabilidades

Hoje ele viu aquela caixinha de leite condensado e pensou: nossa como sou idiota.
É incrível sua capacidade de projetar, alimentar, recorrer na idéia determinadas cenas bobas e achar que isso, mesmo sendo totalmente irrisório, dará um sentido a certo movimento seu. Escovou os dentes, arrumou a mala, planejou tudo na cabeça, ia saindo, lembrou: a caixinha de leite condensado, voltou, pegou e foi-se.
Quanta porção de imbecilidade não há de existir pra se pensar: chegarei lá, diremos como sempre nossas costumeiras palavras de carinho, depois quereremos um ao outro – algo além do amor –  na verdade que se espera: sexo e a exultação do prazer de estar junto; e então usarei a caixinha, como uma surpresa, boba sim, porém surpresa! Mas não, o que se viu foi uma grande porção de gestos amorosos, um grande momento de sublimação e uma negação pálida do ato: como se gostar bastasse. Voltou pra casa, deitou as coisas sobre a estante e pensou enquanto recolocava tudo ao seu lugar original (menos a entranha): quanta responsabilidade hein, pra uma simples caixinha de leite condensado...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Subjugado

Eu era; e isso bastava.
Antes minha pele acinzentada escorria de leve e deixava vazar uma cor ou outra nas penas do pavão que em mim vivia. Atiçava a curiosidade alheia e vingava em meu poder a direção que dava ao outro: encoste aqui, levante mais a bunda, abra bem esse cuzinho, me chupe, agora.
Eu existia; como se meus julgamentos não falhassem nunca, e submetia ao meu controle a posse: segurando teu quadril, socando forte tua entranha, te lambendo o grelho molhado.
Antes eu desejava em fogo e hoje meu ego murcha frente ao panteão dessa jovialidade: me negando ser o único, doando-se para tantos putos, dizendo que, mesmo comigo, sente tesão pelo mundo alheio.
Eu vivia; agora dependo.
Uma pequena morte
querer assim.

Fotos por Yaryshev Evgeny

terça-feira, 4 de maio de 2010

Quinta Esfera

Não foi um aceno de cheiros ou gosto, como geralmente ocorre. Haveria algo na pele, incrustada, mas não era isso. Quando Alessandra veio passar a noite aqui em casa foi como se um aceno do tempo estivesse me delineando imortal. Às vezes dizem que o tempo dá, como as dimensões conhecidas, o toque sutil da existência, dando ao ser humano uma velocidade (quase imóvel) que se dedica incessantemente a fazer-nos vivos. Alessandra deixou-se levar pela conversa, pelos apelidos, pelos novelos de nossa vida juntos. Nunca havíamos trepado. Não antes daquela noite. Ela adormeceu na cama ao lado da minha, como sempre bons amigos, mas sugava-me num acalanto distinto. Eu nunca havia percebido como aquele pequeno ronco vazando de sua boca cansada era gostoso de se ouvir. Levantei-me, sentei ao seu lado (o pênis já rijo sem saber ainda o porquê) e comecei a tocá-la. Primeiro na face, sobrancelhas,  lábios. Alessandra balbuciou qualquer coisa em sonho. Assustei-me, mas continuei, ah, o tempo da minha mão deslizando pelo pescoço e por sobre seu ombro nu; depois arrisquei um leve roçar no seio sob a camisola até deparar-me com um rosto semi-acordado, passivo. Beijei-a de leve e deitei ao seu lado. Achei que ficaríamos assim o resto da daquele vida (noite): olhos fixos numa distância que parecia perfurar os crânios e percorrer a mais fina de nossas camadas. "Porque nunca?" ela perguntou. Não dei resposta, desci a cabeça nas cobertas e comecei a chupar. Ah, que buceta! Existe coisa melhor? O depois desimporta. Foi assim que Alessandra me construiu enquanto tempo.

sábado, 1 de maio de 2010

15 e 10

"...vai rápido"?
"Ah, eu não resisto..."
"Caralho, que gostoso!"
De doze minutos e meio. O início lapidando o falo, dando forma com a boca, deixando enrijecer entre os lábios ou no fundo da língua. Doze minutos e meio.
"Mor, eu tenho que trabalhar..."
"...você não quer me comer rapidinho?"
"Será?, mas onde?"
"Pode ser no banheiro..."
Devolve o pau à cueca, banheiro, dez minutos e um quarto. Entram, abaixam as calças (ambos). Mãos na parede, quadris colados.
"Abre pra mim, vai, que rabo gostoso!"
Devagar, leve, começa macio, sereno, depois forte. Sete minutos e um sexto.
"Caralho! vou gozar..."
"Isso, goza"
Interjeição de Prazer contínuo (aproximadamente 15 segundos). "Deixa aí que vou gozar também..." Nova interjeição (aproximadamente 10 segundos). Três minutos e três quartos. Papel higiênico.
"Será que dá tempo de um banho?"
"Não sei não..."
Dois minutos.
"Acho que vou pegar um lanche e só"
"Vai..."
Um minuto.
"Tchau, amor"
Beijo. Lábios tocando leve como se quisessem pertencer um ao outro. Um terço de minuto.
"Tchau"
Um quarto.
Um sexto.
Um sexo
"..."

Gael.

terça-feira, 30 de março de 2010

O sexo e a condição humana


Muitas vezes imagens abrem a passagem da boca e vários discursos vazam. Mesmo um ícone, um ideograma, consegue confessar o que nossos excessivos fonemas não.
ARINA SERGEI é a autora dessas fotos. 
Fiquei bastante impressionado quando as vi. Não porque chocam por uma violência, mas sim pela banalidade do cotidiano, o qual nos vemos aí refletidos. Não encontrei uma página específica dela, mas digitando no deus google pode-se achar muitas outras figuras impressionantes dessa autora. Vale a pena conferir.
Espero que tenham gostado. Uma boa reflexão pra vocês, masturbadores confessos! 

sábado, 27 de março de 2010

Puppeter



Ah, foi um papelão dos bons… Tenho cá minhas certezas sobre a vida, mas. Quando terminei com Alyssia, o pano de muita história se desenrolou. Não meu, talvez nem mesmo dela (há mais de cinco anos). É incrível como se entortam as raivas, os vícios num filtro que lê o mundo e se inverte. Não há como deixar de rir - hoje. Era um estado de glória, provocação, não sei (ou como se fizesse mal sentir-se bem). Em um amanhã distante sei que me arrependeria, mas não fiz caso desta alienação, das palavras que corroeram meus atos (a raiva que eu viria sentir por tê-la feito sentir raiva).

Sentou-se ao meu lado, rota, suja; havia decidido em seu íntimo que ela era pior, que nós era menos. Quis por seu próprio mérito sentir-se inferior às outras e aos outros que amei, pois tomou para si uma lápide prévia e naquele lugar - o jardim da horas - enterrou sua própria porção de mim.
Por mais de uma ano havíamos guardado lembranças, mesurado descuidos, ponderado e revolvido em nossos estômagos palavras. Prontas-copiadas, então, elas algumas foram saindo: 

“um amor só se acaba em outro de igual ou maior porção prevalece” 
“vá, por favor. Não te quero - como seu a mim restasse uma escolha” 
“desentendo aqueles que me tem demasiada paixão, anima (lê-se ànima)” 
(essa última, o pastiche dos pastiches).

Eu (o cachorro) que ela irá se demorar em memórias e lembranças:
- porque me amou como pensou que eu fosse.
- porque me odiou pelo que pensou meu ser.
e terá ainda em nossa presença (em seu devido tempo), meu corpo, sem que nunca me torne, porém, o que ela deseja (por ódio, amor, contemplação ou mesmo como um imbecil - figura mágica a representar seus próprios erros). Foi por isso que eu disse, sem nenhum movimento torto de boca: se vá. Ah, o peso das palavras, agarrando em nossos calcanhares e movendo-nos para cima e para baixo, uma gangorra, para a lama e para os céus (ela e eu). 
Quando se está enraivecido, no cúmulo irracional da paixão, não se vêem as verdades e isto todos sabem (não se vê, inclusive, a beleza que do mundo se desprende); não enxergamos razões que não a violência do ato, do espasmo, do apego imediatista.
Éramos vício.

Quantas outras mulheres e homens haverão de nascer e haverão de provar desta frágil e maravilhosa idiotice? Creem, vocês que amam sem parâmetro, na culpa? “valerá e será e viverei e me regozijarei e merecerá e criará e serei esse instante da paixão, pois isto é o motivo de minha vida, o correr”, então você escorregará e cairá e se humilhará e protestará e se deixará morrer aos poucos pelo (possível) erro, pela vontade desesperada, pelos postulados secos que a fúria o fez verter num momento de êxtase. 
Foi o mesmo com Júlia, Marília, Marcos, Carmella, Katiushia, tantos. Todos - sem exceção - caídos na palma de um eu intruso e desprovido de sentimentos, de um babaca alienado, porco e sujo, mas... por quê tanto me amaram?
Não só por tê-los fodido tão bem, acreditem. Muito menos por ter conseguido mentir-lhes como um encantador de serpentes e vulvas - jogador perfeito; a vida nos prazeres, amores.
(que grande fingidor seria eu, não? Para mentir até no sono, no abraço gostoso ao teu lado, no olhar singelo, no imprevisto toque de pele que roçavam os corpos).

Não fosse meu tipo próprio e inconfessável de amor, estaríamos todos mortos agora.



Introdução do filme Being Jhon Malcovich onde o protagonista é um Titereiro.
.
Gael

sexta-feira, 26 de março de 2010

Meditações

Quando ela chegou do trabalho, cansada, molhada da chuva, olhar caído nesses desapontamentos do cotidiano, eu assenti. Nunca concordei que a calmaria pudesse nos dar qualquer acalanto, nós, sempre de uma paixão virulenta. Mas tive, ali naquela hora, o contato morno dos inevitáveis contornos que a vida cria quando se está há tempos numa relação como essa. Há quanto tempo? Não sei ao certo. Ela disse um oi comedido, pálido, mas sem restrições. Vi que residia ali, naquele ar que vazou junto da palavra, muito de nossa cumplicidade. Eu sorri. Fui até ela, tirei-lhe a blusa molhada (com um jeito todo meu), dei-lhe um beijo sereno, sem os prelúdios da paixão (pois estávamos além), e pedi-lhe pra deitar.
Não vejo no sexo a origem necessária das vontades, nem a epifania última do amor. Mas ali, eu era algo além: um cúmplice dos entendimentos de um relacionamento maduro, morno, resistente. A dose de perenidade, dada como o ciclo da grande onda que trás da ressaca a calmaria, remete a um sentimento que não é puro, nem belo, nem melhor, nem pior... é apenas seguro. Saber que lá se poderá pousar o barco e, mesmo sem a fúria passional das tormentas, se extrair o gosto bom que é ter um lugar para estacionar.
Eu, ela, nossas coxas batidas, o cabelo molhado, sua canseira de atos, minha agilidade experiente, a barba rarefeita, o seio de bico duro, o curto espaço de tempo de meu gozo e a satisfação dela em satisfazer-me. Nesse sexo resido meu mais puro flerte fetichista: ter nos braços aquele que se ama, bastar-se com essa crueza. É um engodo, disse-me uma vez uma das minhas namoradas. Será?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Que maravilha seria!!!


“Eu preciso de sexo pra me acalmar”.
Mas, de um sexo, literalmente, bem fodido.
Um Sexo com “S” maiúsculo.
Sexo compartilhado com aquele tipo de homem que pára na minha frente, me coloca de joelhos e fala:
“Cala a boca e chupa logo”.
Que fosse cínico e me dissesse:
“Cínico, mas é assim que você gosta”.
Que me deixasse esperando e na noite seguinte, com ar de canalha, sussurrasse:
“É agora que eu quero”.
Que mesmo depois de meus típicos ataques de manha ainda me olhasse com volúpia insaciável e soltasse em alto e bom som:
“Estou te querendo”.
Que, já frouxa, farta e morta de cansaço, afirmasse:
“Você ainda não fez o que eu gosto”.
Até poderia me chamar de louca ao telefone, mas que terminasse a discussão dizendo:
“Vou te comer do jeito que você quer, mas só se.....

- com aquele vestido minúsculo e sem calcinha, abrir e fechar as pernas na minha frente.
- assistirmos uma peça com texto do Caio Fernando Abreu e você me masturbar no meio do espetáculo.
- me chupar no intervalo do segundo ato e na volta pra casa, enquanto dirijo.
- engolir minha porra.
- massagear meu corpo com seus seios e língua.
- me deixar ser carinhoso, mas também violento.
- trepar comigo no banheiro daquele bar que sempre freqüentamos.
- (enquanto os outros dormem), você deixar eu te colocar de quatro e eu ouvir você gemer de prazer e dor.
- eu marcar teu corpo com meus tapas e mordidas”.

Desse jeito...
eu ficaria calminha, calminha.
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, que maravilha seria!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

Entre vetores de atrações opostas

Certa data ela me disse:
Eu não sei ser passiva, submissa. Não sei ser deflorada, eu não sei virar de bunda e arregaçar de quatro, não sei beijar, de costas, na boca depravada dessa porra que chama paixão. Eu não sei gritar “me coma”, não sei dizer me estupre; eu não sei fazer carinho, viradinho com o quadril empinado, feito puta, e me ver, ali, entregue, da buça ao rabo, nas mãos dessa porra que chamam paixão.
Por isso, ás vezes perco o prumo, não me arrumo, deixo o queixo caído, não me ligo quando ele diz, na base da orelha, ofegando, suando: “vem cá minha nega, hoje te pego de jeito, te faço, te traço, te arregaço o cuzinho, assim gostoso, te como, te passo... como se você pudesse escolher? Há, menina, eu faço!”
É assim que, nas mãos dele, eu vou, fico toda puntinha, quietinha. Quem dera, quem dera, eu tivesse aprendido na escola de um tempo, e podido ter dado atenção e alento... e ser submissa. Agora... é assim que sou.

Foto por Lidiane C - Dia Nublado
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Desculpem a todas e todos pelo "descaso" do nosso blog. Estamos, eu e a Branca, cheios de trabalhos e eventos. Está rolando um grande festival de teatro em Curitiba. Tiramos nosso fim de semana pra dar uma passadinha lá, por isso o blog anda um tanto às moscas. Gostaríamos de nos desculpar também com nossos amigos-parceiros, se deixamos de comparecer e comentar em vosso blog (vosso blog é muito chique!).
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Fica então um pequeno conto para vocês como forma de agradecimento e promessas de um futuro bom (cheio de putaria e literatura).

terça-feira, 16 de março de 2010

Ao alcance, a digestão dos pormenores.

Aos vinte e três dias de um mês qualquer, vinte e três anos de uma data aí, Mônica caiu, de boca, em meu colo. De todas as meninas que conheci e dissequei, até hoje, Mônica foi a mais perversa. Pouco ela me deu. Não. Digo. Em carne, deu-me tudo, fizemos toda as coisas imagináveis desses desejos da pele. Digo que ela não me deu os frutos. Ah, safada. É só isso que penso quando Mônica passa. Quando ela, ainda hoje, me cumprimenta na rua, quando ela, filha da puta como sempre, desliza a mão na minha calça na mesa do bar.  Estou namorando (desculpa meninas e meninos, verdade) e ela sabe a desgraçada, e ainda por cima (talvez por isso mesmo) me provoca. Como negar? Lembro que em quase toda, trepada minha e dela, deixava evanescer nossa volúpia - de propósito. Eu em cima, de ladinho, de quatro, como fosse, esperando o ponto exato do êxtase, caralho fervendo e explodindo, cabeça dura, membro tingido de tesão da ponta da cabeça até quase no cu! Ah, eu no meio daquelas coxas e ela negando o contato, fazendo o pau sair do buraco, esgueirando a bunda pro lado só pra eu me perder!!! Ah, safada! Dizia toda vez. E ela: ainda não, ainda não, ainda não...eu gemendo e ela, ainda não. Enfim dizia: quero na boca!
Hoje sei que, naquela hora, algo se alegrava dentro de mim, mas era a verdade que escorria (com o meu gozo). Mônica, me negando a alma. Mônica, querendo guardar a semente da minha porra nas entranhas. Nunca, dizia, você vai gozar em mim. É certo que isso me deixava imaginando as portas desconhecidas, cruas, quentes que ela guardava. Por isso até hoje ela me tem: por nunca ter-se doado de verdade. É uma artimanha gostosa essa de Mônica. Ah, safada. Se você viesse, hoje, Mônica, dar pra mim, juro que te gozava na boca - como a gente sempre fez.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Coisas de meninas...

Pra acompanhar a onda "homo erótica" do blog, nada melhor que uma musiquinha!
Aproveitem!


E um super agradecimento ao blog "pequenos delitos" que foi onde catei essa pérola! Essas pérolas! Essa montoeira de belas pérolas! (haeihuhaeuhaihaeuiae)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dos destinos

Marquei com um carinha da internet. Conheci na cagada. Ele me adicionou por acaso, disse que viu meu e-mail no blog, que achou legal meus escritos, que queria me conhecer melhor. Deixei o sujeito levar a conversa (só para ver onde chegava). Quando percebi, já estava pelado, tocando uma punheta na frente da cam. Ele não ligou a dele - também nem fiz questão. Sou exibido, gosto de me mostrar, de saber que tem alguém olhando pra mim e ficando excitado. Mas eu nunca dei o cú, ele disse (tinha só 18 aninos, tadinho). Sou virgem de cabo e de rabo. Mas não seja por isso, eu respondi. Como assim? (se fez de bobo, o menino); então tive que dizer na cara dura mesmo: se quiser, te como. Foi onde começou: Vai de regata branca? Vou, respondi. Coloca uma cueca bem gostosa? Coloco, repondi. Mas não vai doer? perguntou por fim. Não esquenta, disse eu, vou te tratar com bastante carinho; compro um lubrificante, te passo no cuzinho, espalho bem no meu pau e, com uma paciência digna de professor, te como de vagarinho e bem gostoso. Enquanto eu falava, encenava tudo na cam. Não sei se ele estava excitado, com a mão no caralho ou coisa do tipo, se era feio, ou mesmo se era mulher (tem muito disse na internet). Já falei: eu gosto de me exibir, balançar o pau na frente da cam, me masturbar, fazer cara de mau e tirar um sarro. Desliguei o MSN, fui dormir. Acordei, almocei, deixei o tempo passar, fui até a farmácia, comprei três camisinhas, um tubo de K-Y (gel pra comer cú). Coloquei o fone de ouvido e fui pro lugar do encontro. Vira esquina aqui, vira outra, fone no ouvido, música alta, pensamento anuviado (ah, no viado?!) não olhei pros lados, não escutei o ônibus. Morri ali, no meio da rua, cabeça no cuzinho do garoto e tubo de gel lubrificante espalhado pela calçada. “acuda, alguém acuda” escutei uma mulher gritar - e só.


Imagens com links diretos

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dela para mim (de personagem para autora - conto fictício)


"Nos encontramos até sem querer.

Pra dizer bem a verdade, eu é que me encontro e me refugio em Amaranta.

Eu me encontro em seus traços cândidos, lábios finos, cachos revoltos e personalidade flutuante.

Já ela reserva a mim boa parte de sua conduta erótica".



A primeira vez que percebi a libido sufocada de Amaranta foi em uma noite de sábado, em uma casa noturna. Lembro que dançava contida, com movimentos nada efusivos, com um rebolado todo disfarçado.
Dançava bem na minha frente.
A delicadeza dos trejeitos foi o que me fez olhá-la, delicadeza que pareceu ter um prazo de validade que se esgotava em uma contagem regressiva acelerada.

Sweet dreams...

Vi toda ela se transformar ouvindo essa música. Cada gesto, olhar, movimento de pernas e quadris pareciam forjados apenas para me provocar.
Foi assim que a nuance de Amaranta me atingiu.

Depois desse episódio, aproximadamente, 365 dias já se passaram, mas não nos perdemos.
Hoje nos conhecemos e nos encontramos com uma intimidade quase que assustadora.
Ela não tem o mínimo pudor de se despir e se masturbar em minha presença. Acho até que gosta de se tocar sob a guarda dos meus olhos, que prefere abrir as pernas sabendo que tem alguém que a deseja enquanto usa cada um de seus dedos e solta seus gemidos.
Depois de se masturbar ela continuava a usar o poder que sabe ter sobre mim.
Com o gozo nos dedos...
Úmida, rosada e, superficialmente, vestida, ela me olha de um jeito tímido, deixa perceber um sorriso no canto dos lábios e se espreguiça com a doçura de uma criança que ainda não descobriu o próprio corpo.
É, exatamente, isso...Ela seduz pela inocência.
É um contraste insuportável. Insuportavelmente, inebriante.
Essa é a doce conduta erótica que Amaranta reserva a mim.
A parte de Amaranta que me conduz e me domina.

domingo, 7 de março de 2010

Erótica

Postando fotos que eu tenho aqui, do site erotica (no blogroll do guia em: "direto da fonte").
Todas bem pornôs.
Sem muita novidade pra mim, pois é coisa que faço todo dia (kkk)
(estou falando de ver fotos e bater punheta, ahhhh quem me dera!)
Abraço!

:-)

sexta-feira, 5 de março de 2010

O delinear do prazer

A projeção dos lábios, geralmente escarlate, umedecidos, conota o ego do autor. Quem fala pelos lábios e se contorce nesse joguete exige mais do próprio gosto, da própria arte. Veja, veja: é da garganta que vem a fala, é pela língua que ela toma forma, mas é o lábio que a dá doçura, leveza, perenidade. Qualquer literatura sem lábios é ridícula, baixa, chula. As três formas perfeitas estão entre os lábios de Daniela, Marília e Rosa - três tipos de literárias da luxúria: Daniela, espremida entre seus lábios de menina, protusos numa ponta quase perfurante, mas mínimos em projeções laterais (boa de beijar e deixar-se enlouquecer pela língua que deforma a boca, que adentra lambendo os dentes, a gengiva, enquanto aquela protusão rubra, de pele e mucosa, lhe açoita os sentidos abertos); Marília e o jogo robusto do lábio farto, avolumado, condizendo com as maçãs do rosto: ambos iluminados e  jocosos (boa de chupar; que leva à loucura a glande presa entre os dentes enquanto a língua desliza e estapeia o cume do pau; ah, aqueles lábios grossos massageando lentamente, pra cima e pra baixo, a pele que fica logo junto dessa profanação); e Rosa, da boca métrica, da dupla montanha perfeita do lábio superior, da planície lisa e levemente delgada do montículo abaixo (boa de mastigar, freneticamente entre as carícias da pele e do espírito; aquela que exulta a carne nos pontos mais baixos, mais juntos da alma: beijando-lhe o ombro, mordendo-lhe as nalgas, projetando seus ares na parte de trás das orelhas).
Apresentei os três tipos de literatura, como o lábio as delineiam e quais êxtases elas proporcionam aos homens comuns.

Fotos retiradas do site Olhares.
...
A idéia primeira surgiu do cabeçalho do Fragmentos de Lascivia.
(Ia até colocar aquela imagem aqui, mas confiram por lá!... Abraços!)

quinta-feira, 4 de março de 2010

PAU NOSSO

Pau nosso que estás no seu,
santificado seja quando sobe;
vem a nós o vosso o ventre,
seja feita nossa Menage:

Assim se ferra, ou leva fel!
O sexo nosso de cada dia
nos dai hoje;
perdoai as nossas orgias,
assim como nós perdoamos
a quem tem nos fodido...

Deixei-nos cair em tentação,
pois só isso nos consola do mal:
da mente!

A.T.C.

aehihaiuehauiaehuiaeh
Um texto-brincadeira de um grande amigo nosso. Não podia passar batido por aqui!!!
Abraços Antônio! Obrigado pelo texto!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Arte erotica dei omini

Quais os limites da arte, da literatura, da pornografia? Muitas vezes me pergunto isso. Onde começa o vulgar e termina o trabalho do artista (no nosso caso, do escritor)? Ou toda intenção artística é necessariamente uma arte? Talvez. Tenho lá meus conceitos, mas acredito, sim, que há um limiar tênue entre a mais porca pornografia e a mais libertária vontade artística. Talvez pelo trabalho, pela preocupação e pela intenção de ambos. O sujeito da pornografia é aquele que quer, que deseja, e isso lhe basta; ele toma sua gota de satisfação e se realiza nesse ato; o artista vai além, constrói suas linhas, delimita seus espaços e, antes de tudo, se compromete, se posiciona perante aquilo que faz. Nós, aqui já dissemos, tentamos andar na linha que margeia esses dois campos; ou mesmo alçados em algo que, comumente, vem sendo chamado de "arte erótica". Não sei se conseguimos fazer isso muito bem, mas tentamos.
Abaixo seguem imagens de artistas (todos encontrados no site DeviantArt) que também andam nessa intersecção de campos. Aproveitem!


A Branca me falou esses dias: "tá faltando macho nesse lugar!" (ou seria, "tá sobrando buceta"?, agora não lembro - kkk)... Um post inteirinho só com eles, então! Abraço pra todos e todas!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Depois do Café



Há poucos minutos atrás eu estava dando. Afinal, também sou filha de Deus. E, como toda boa moça, também mereço ter meus bons momentos de fornicação.
Enquanto Wagner toma banho, vim aqui tentar em breves linhas relatar esse nosso devaneio de minutos atrás.
Fazia um tempo que não nos víamos. Dois meses. Não sei como, nem o motivo de termos nos distanciado, muito menos como nos reaproximamos. Só me lembro que, depois destas semanas de distanciamento físico, meu celular tocou e escutei sua voz; uma voz mais rouca que o normal, mais compassada e desacelerada.
Sempre tivemos boas conversas, bons momentos e plena sintonia sexual.
Foi justamente esta sintonia presente em diversas vertentes que nos levou até um encontro – inicialmente – bem casual de amigos.
Era meio de tarde e fomos a um Café que reservava um espaço para a exposição de fotografias de um famoso artista local. Nos envolvemos tanto com a apreciação das obras, com o contar dos últimos acontecimentos, com o relato de nossos antigos risos, que nem percebemos a noite chegando. Foi somente ao sair do Café que também nos demos conta que uma chuva torrencial tinha dominado a paisagem.
Saímos na chuva.
Tivemos uma sensação enorme de liberdade – porque não dizer de libertinagem. Chegamos ao atual apartamento de Wagner tão encharcados, entusiasmados e próximos que para o início de nosso beijo e encaixe de nossos corpos não demorou muito.
Nosso enrosco começou na própria escada.
Já entrelaçados, ele disse com aquele velho tom autoritário e carinhoso que eu sempre gostei:
“Quero você aqui”.
Me virou de costas, apoiou minhas mãos na parede, fechou minhas pernas e entrou em mim.
Me comeu com uma pressão tão doce, com mordidas tão suaves, deixou marcas tão delicadas em meu corpo que me deu até vontade de adormecer aqui entre os lençóis manchados dele. E, no meio da madrugada, lhe fazer um agrado e acordá-lo com as carícias de meus dedos e com as “boas” intenções da minha língua.





Fotos com link direto

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sobre o inesquecível movimento do arregaçar

Mulher vaidosa tem flor no cabelo e espelho nos olhos, tem um prato de delícia pra dar pra quem pede (e pra oferecer pra quem quer)... Tânia sapeca, muleca, menina linda dos fios negros na nuca. Tinha a meia altura de um gingado gostoso, a medida da anca larga e jeitosa, o volume do peitinho pontudo e durinho, e a cintura então? ah, que delícia! Fosse eu chegar perto ela dizia: me come. Adorava aquelas tardes de estripulia na casa velha, ela pelada-suada correndo de mim pra minha pica virar pinto, depois apalpando de leve meu pinto pra virar pica; e quando duro adorava trepar e pular e gozar comigo. Principalmente em cima da pia: a bunda gelada do mármore dava uma nota diversa: é que contrastava e evidenciava ainda mais o prazer quente daquela flor molhada no meio das pernas, derretendo de tesão, como ela dizia. Me come de pé, me come no sofá, me come na mesa, me come de ponta cabeça na parede, me come no chão ao avesso de qualquer vontade! Meu joelho ralava, minhas costas ardiam, meu cacete rasgava, e assim ia. Agora, disse ela um dia, de repente, quando parou de de lutar comigo, me enfia aqui: levantou do chão, foi até o sofá, passou dois, três dedos da mão na boca, lambeu, deixou bem molhadinhos - a cada instante me olhava com uma cara de safada-muleca que só ela tinha - se debruçou no móvel, virou de costas, abriu bem a bundinha e molhou o cú com os dedos cheios de cuspe. Ah, que delícia! Que cena não!? Nunca vou esquecer. Esqueci como conheci Tânia, esqueci como deixei Tânia, esqueci como vivi com Tânia, achei inclusive que havia me esquecido de Tânia. Mas não. Nunca vou esquecer a mulher da flor no cabelo, da nuca suada, do cuzinho mais gostoso que jamais comi! Mesmo eu lá, fundo naquele cu, algoz daquele martírio, ela continuava: me coma, me coma, me coma...!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A metamorfose constante das aparências

Havia uma metamorfose constante das aparências em Donatella. Donatella que todos sempre disseram ser meu espelho feminino. Deu por tempos a entender que me queria não querendo, que me possuía sem pertencimentos, que gozava no meu pau com gosto de pau qualquer um. E a cada dia ela inventava um fetiche novo só pra desmerecer os dotes que eu adquiria pra satisfazê-la. Ela queria de quatro, eu aprendia a ser o mestre de quatro, ela queria de conchinha, eu procurava frenético as melhores dicas e imagens de conchinha na internet (aprendi até a levar dedo no cú por ela!) Mas logo ela enjoava e intentava outras coisas. Donatella... A imagem espelho com quem aprendi a fazer 'o exatamente igual'. Aprendi, repeti, re-aprendi, reproduzi, imitando as metamorfoses da aparência daquela mulher; até que ela me amasse!!! Depois joguei fora. Mas não pela falta de amor. Sempre amei Donatella. Mas minha imagem superou a dela de tal maneira que as bordas de meu espelho inundaram e transbordaram um excêntrico "a-mais" de mim. Ela não me suportou. Hoje cuspo no reflexo de Donatella e tento polí-lo. Pra aprender com os cacos que sobraram. Vai que, eu aqui, antes espelho dela, me torno um pouco menos reflexo pra outros... Seres, sexos, corpos...



As imagens são todas links direitos para os autores

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Qualquer coisa que se encontre aqui é pornográfica. Mas apenas no ponto de transição onde nos encontramos. Tome o que valha nesse desafortunado ócio das auto-satisfações compulsivas.

- Nunca à pedofilia.
- Sexo sempre com segurança.

- Não a qualquer tipo de discriminação e preconceitos.

SEMPRE NOS LIMITES DA LITERATURA E DA PORNOGRAFIA. ESSE JOGO, PARA NÓS, É O QUE DÁ TESÃO...
Aproveitem.