"Antes da revolução burguesa o indivíduo era um ser público no mais abrangente aspecto desta informação - o camponês era parte da terra onde estava inserido, o clero parte do mundo sagrado e os nobres eram parte do sistema estrutural de governo. O ser humano era como uma propriedade do Rei, uma propriedade disposta por "natureza", pois ligado aos desejos e às funções de Deus (não raro, o próprio Soberano era visto como designação material da vontade Divina).
Com a idéia de propriedade individual - descarrilada pelo crescimento da burguesia e pelo nascimento do capitalismo - aparece também o conceito moderno de "individualidade". O ser humano não é mais encarado como parte de um ciclo perpetuo e divino, mas sim como "dono" de sua própria obra (aí a avalanche do iluminismo, da revolução francesa, etc). O homem passa a exigir um tratamento e uma posição também "únicos". Criamos, então, a noção de particularidade, de privacidade. Esta conquista, porém, deve ser resguardada, preservada - tal como a "propriedade" do sujeito burgues. Junto destas transformações, é claro, toda uma "moral" específica para regular as ações individuais e coletivas a fim proteger tal status"
Bla bla bla
O que eu queria dizer, entretanto, é que vivemos hoje - pouco a pouco - a decadência desta moral, desta estrutura. Vemos a individualidade sendo apagada em função de uma esfera universal. Neste espaço tudo deve (e pode) ser exposto. Vemo-nos arremessados em uma sociedade de "livre informação", tempos de uma realidade cibernética, da comunidade mundial criada pelo fenómeno da internet. Bem... É a vida em seus transes e revoluções - sempre distintos, incontroláveis; o indivíduo no percurso da história.
Por isso aconselho: se você tem alguma coisa a esconder, alguma coisa a proteger (em nome daquela antiga moral do milênio passado), deserte agora deste mundo virtual. Quime seu computador, rastreie todos os seus dados já publicados na rede e elimine-os, então reze. Reze e procure um lugarzinho distante onde nenhum Wi-fi nos alcance...
PORÉM... toda essa baboseira era uma desculpa pra falar de punheta (arte e punheta, sempre),
eis a galeria dos imorais (que não seguiram meu conselho...)!
=D
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