Desci as escadas e fui até a porta.
Logo que sai, após os preguiçoso primeiros cem metros, me vem o vermelho.
No vir é só o vermelho vibrante de mangas curtas, os pêlos faciais desalinhados e os cabelos caprichosamente moldados pelo vento.
Sinal fecha. Trânsito flui. Olhos em paralelo. Olhar bilateral.
Chega á mim quando o sinal abre. Eu vou e ele vem.
Por segundos peles se tocam, suor se junta e respiração acelera.
Por segundos meu corpo dialoga com o dono do vermelho vibrante.
Eu passo e ele também passa.
E nosso imaginar suavemente pervertido evapora com a sucessão dos passos dados naquela viela de paralelepípedos mal colocados.
Branca
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