segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O fluxo da ordem

Eneide tinha 40 anos quando a conheci. Não era velha. Mas só penso isso hoje, quando a idade já não me assusta tanto. Uma amiga da amiga de uma amiga de uma amiga minha me apresentou Eneide. Justamente para o caso. Foi explícita quando disse "coma Eneide". Saí com ela na noite de Curitiba, dançamos, a levei pra casa, chupei-a (como faço de costume com as mulheres) e comi doce e suavemente sua luxúria. Depois da trepada conversamos coisas banais durante horas. Eneide... Até as seis da manhã. Não começei, a partir dalí, uma romaria pelas quarentonas da cidade em troca de dinheiro, como gostam de falar, fazer, escrever os garotões gostosinhos de dezessete, dezoito anos (eu tinha dezessete na época). Eneide apenas me deu e me pagou. Eu apenas comi Eneide e recebi como se fosse um agrado. Uma noite. Uma simples e pouco memorável noite. Eneide, com seus queixos caídos, suas cicatrizes, sua vergonha pudica dos seios (segurava-os quando ficava sobre mim e escondia-os quando eu a comia por cima), sua juba avolumana na região vagina, sua desenvoltura estruturada no ato, no coito, na carne. Era como se Eneide soubesse, a qualquer pequeno virar, a posição exata de meu encaixe. Não creio que Eneide tenha gostado daquela transa. Talvez lembre de mim porque fui o primeiro homem a transar com ela depois que se separou. Eu mesmo, lembro de Eneide apenas por isso. Eneide e uma noite de sexo ordinário.

É quase a segunda semana. Meus pensamentos estão obsecados pelas sensações táteis do meu pinto. É bom quando me toco, quando sinto meus volumes, quando caminho observando as mais improváveis cenas eróticas. Vejo malícia em buraco de tijolo. É, em determinadas maneiras um transtorno, pois estou cada dia mais nervoso, cada vez mais agitado, cada vez mais insatisfeito em não me satisfazer até o "finalmente" Mas devo admitir. É uma experiência nova masturbar-me várias vezes ao dia, sem gozar, durante mais de uma semana! Como não posso sanar minha vontade de masturbação recorrente é impossível querer levar uma vida normal, com trabalho e família (Sou solteiro, mas tenho um filho que mora com minha ex-namorada). O sentido todo da proposta era tentar manter o ápice de excitação contínua e estou conseguindo. Apenas acredito que isso vem me atrapalhando mais que ajudando de um modo geral. Penso que não tardará a acontecer o inevitável, que venha o gozo...

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