sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Um mundo vermelho



Minha primeira namoradinha se chamava Cheia. É. Com C. Ele devia ter uns quinze. Eu? Treze, se muito. Meu pai trabalhava numa escola ali perto justamente aonde a mãe dela faxinava. Cheila era uma garota de peitos grandes, os maiores que já vi de perto. Meu pai ia trabalhar e me deixava na casa dela. Eram dias em que eu passava todo tempo afundado no colo da Cheila. Brincávamos dessas coisas que vocês estão cansados de saber. Lembro que nosso lugar secreto era o mais estúpido possível: o sofá da sala, ali, em baixo das cortinas. Montávamos um pequeno mundo entre as paredes e nos divertíamos. Era nossa mansão pintada de rubro e rendas. E conto isto, agora, não pelo clichê do rubro (pensei nesta coincidência só depois que colhi as fotos), mas talvez pela penetração que esta cor possui, mais do que erótica ou simbólica. Vermelho é uma cor perene. Lá nos esfregávamos com gosto. Ela em mim, eu nela. Meu pinto ficava duro muito fácil. Muito fácil e muito duro. Empinava pra cima e era difícil fazer descer. Hoje meche pra todos os lados quando e como quero, mas antigamente era duro feito ferro e invariavelmente apontado pra cima. Ela, adorava se descabelar e me dar beijinhos pelo corpo todo. Me deixava deitado de barriga pra cima no sofá então começava as carícias: primeiro pelo peito nu, aí descia pela barriga, se enroscava nas minhas roupas íntimas (mas nunca pegava no pinto), esfregava os peitos na minha virilha, descia pras coxas e me fazia cócegas atrás do joelho (isso era muito gostoso), então subia beijando e se esfregando de novo. Sempre parava no pescoço e se sustinha gemendo baixinho enquanto ainda tínhamos o corpo colado um no outro. Era como se passasse me tatuando suavemente com os lábios, os dedos, os peitos um caminho variável entre o meu prazer e o dela, entre nossos gostos de criança (mais eu) descobrindo o indelével prazer do toque e as nodosas vontades da pele. Nos beijamos uma única vez - porque eu insisti e nunca, nunquinha enfiamos coisa com coisa; Cheila dizia que não, porque sou da igreja. Quando a mãe da Cheila chegou antes do horário e descobriu nossa farra (nos pegou quase pelados, ali, debaixo das cortinas),  foi logo contar pro meu pai. Depois disso nunca mais tive a Cheila, rubra entre meus suspiros, difusa com seus peitos grandes por baixo de renda e cetim.



Há três dias controlo uma establidade razoável em minhas masturbações. Sem gozar! Não mantenho o norte no sexo - nem faço dele um exigência, mas vez ou outra estimulo minha vontade táctil e me exercíto controladamente. É uma sensação estranha. Como se meu pênis estivesse pronto ao toque mais sutil. A pelezinha que sobra está mais sensível e a cabeça do meu pinto parece sempre um minuto antecipada para qualquer acaso. Acredito que meus parentes descofiam que venho me masturbando mais que o normal. Horas no banheiro. Muitas idas ao computador. Constantes massagens no lugar certo do pinto...

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